Neste momento me encontro, me enxergo com olhos de lince;
A vista alcança bem mais do que as palavras podem descrever;
Será que possuo algum pedaço vivo?
Será que existe algum espaço habitado em mim?
Continuarei a me desintegrar dia após dia?
Por onde anda, onde se encontra a guia?
Quando aparecerá o fio que me conduz?
Devo olhar outra vez? Será que não enxerguei?
Não sei se poderei retornar, e se for, para onde me dirijo?
Todos os meus lados estão obscuros para mim;
Todos vértices de um triângulo, que em mim, possui quatro lados;
Neste momento que me encontro;
Será que me reencontrei?
Como encontrar algo que nunca foi perdido?
Como achar algo que nunca foi achado?
Será que me perdi?
Neste momento me encontro;
Olhos turvos, coração magoado;
E tudo desce, vai ao chão de uma só vez;
Que chão?
Onde ando?! Onde permaneço?! Onde estou?!
Ou por onde escorro, lentamente;
Para não entupir?
Me recolho;
Neste momento me encontro.
Março 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilhe!!!