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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Volta
Isa

Até onde andar, sem perder os pés para o chão?
Até onde ver, sem perder os olhos para o “quadro”?
Até onde sentir, sem perder a cabeça para a rotatória?
Até onde ir para se encontrar?

Pensamentos voam;
Identidades se reprimem;
Escondem-se e perdem – se.

Como o ato de respirar:
Você respira o tempo inteiro;
Mas não percebe;
Envolvido pelo que seus olhos;
Permitem-lhe enxergar.

Quando o ar lhe falta;
Você descobre;
Que ele esteve ali, até aquele momento;
E você não percebeu.
Então seu peito infla;
A agonia cessa;
Você conecta-se com a razão.
Fazemos milhares de vezes durante o dia;
Uma escolha constante;
Entre acordar ou continuar dormindo;
Entre encontrar-se ou continuar perdido;
Somente enxergando o que está à nossa frente.

Quando em um momento, por um ato falho;
Escolhido pelo acaso;
Alguém faz esta escolha por você;
Sem aviso;
As paredes que limitam a nossa visão;
Desabam em cadeia;
Tais dominós, em brincadeira de criança.
Levando consigo as nossas vestes;
Compradas prontas; coloridas pelo tempo;
Que foi passando despercebido;
Em sua caminhada, contínua.

Então as tonalidades do mundo mudam;
Lembranças deixam de ser fotos;
E passam a pulsar;
Bombeando a alma adormecida;
Fazendo-a despertar;
De um sono induzido.
Levando-nos a quebrar a noção básica;
E ocuparmos duplamente;
Um só lugar no espaço.

Duas vidas em uma só;
Como é possível?
Como se reeduca? Molda? Reintegra?

Como ensinar,
Se ainda não se pode aprender?

...continua...
Março 2008

2 comentários:

  1. Olá Isa, palabras profundas (y lúcidas) las tuyas... Largo es el camino que lleva al despertar.

    Muitos beijos,

    Javier

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  2. es sim boa palavraS GAROTA gostei

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