Volta
Isa
Até onde andar, sem perder os pés para o chão?
Até onde ver, sem perder os olhos para o “quadro”?
Até onde sentir, sem perder a cabeça para a rotatória?
Até onde ir para se encontrar?
Pensamentos voam;
Identidades se reprimem;
Escondem-se e perdem – se.
Como o ato de respirar:
Você respira o tempo inteiro;
Mas não percebe;
Envolvido pelo que seus olhos;
Permitem-lhe enxergar.
Quando o ar lhe falta;
Você descobre;
Que ele esteve ali, até aquele momento;
E você não percebeu.
Então seu peito infla;
A agonia cessa;
Você conecta-se com a razão.
Fazemos milhares de vezes durante o dia;
Uma escolha constante;
Entre acordar ou continuar dormindo;
Entre encontrar-se ou continuar perdido;
Somente enxergando o que está à nossa frente.
Quando em um momento, por um ato falho;
Escolhido pelo acaso;
Alguém faz esta escolha por você;
Sem aviso;
As paredes que limitam a nossa visão;
Desabam em cadeia;
Tais dominós, em brincadeira de criança.
Levando consigo as nossas vestes;
Compradas prontas; coloridas pelo tempo;
Que foi passando despercebido;
Em sua caminhada, contínua.
Então as tonalidades do mundo mudam;
Lembranças deixam de ser fotos;
E passam a pulsar;
Bombeando a alma adormecida;
Fazendo-a despertar;
De um sono induzido.
Levando-nos a quebrar a noção básica;
E ocuparmos duplamente;
Um só lugar no espaço.
Duas vidas em uma só;
Como é possível?
Como se reeduca? Molda? Reintegra?
Como ensinar,
Se ainda não se pode aprender?
...continua...
Março 2008
Olá Isa, palabras profundas (y lúcidas) las tuyas... Largo es el camino que lleva al despertar.
ResponderExcluirMuitos beijos,
Javier
es sim boa palavraS GAROTA gostei
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