Íntima
Abrir os olhos às vezes é tão doloroso;
Imagine pôr a cabeça para fora...
Em horas de incertezas, meu estômago embrulha,
Meus pés tentam fugir de mim;
A possibilidade de ir em frente empolga, desperta;
Mas essa inimiga, tão pequena... Ah traidora!!
Vai me cercando com seus braços gigantes;
Desde sempre me cerceando, induzindo e enganando;
Como ela fica tão forte?
Está tão ligada a mim;
Quanto eu a ela;
Por que esta força não é conjunta?
Por que ela não pode me ajudar apenas?
Fica insistindo em me ameaçar;
Lembrando-me à sua presença;
A todo instante;
Ela sabe bem onde pisa;
E isso sempre é o que me dói mais;
Conhece-me melhor do que eu mesma...
Nem posso mandá-la embora;
Não existe como.
O porquê, ah, este sim, multiplicados;
Fazem coro e dançam em roda;
Alguns a favor, outros, indecisos;
Todos confusos;
Como eu.
Isa
Março 2008
Quando compartilhamos, temos a oportunidade de trocar, aprender, ensinar...de crescer. Compartilhando nos tornamos um só, multiplicados. Vamos compartilhar aqui, fotos, poesias, crônicas, idéias, ideais, sentimentos, impressões, sensações, percepções, comentários, opiniões e conhecimentos...sem julgamentos.
Todas as poesias assinadas por Isa G., assim como as fotos postadas podem e devem ser copiadas, com uma condição: COMPARTILHE
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Volta
Isa
Até onde andar, sem perder os pés para o chão?
Até onde ver, sem perder os olhos para o “quadro”?
Até onde sentir, sem perder a cabeça para a rotatória?
Até onde ir para se encontrar?
Pensamentos voam;
Identidades se reprimem;
Escondem-se e perdem – se.
Como o ato de respirar:
Você respira o tempo inteiro;
Mas não percebe;
Envolvido pelo que seus olhos;
Permitem-lhe enxergar.
Quando o ar lhe falta;
Você descobre;
Que ele esteve ali, até aquele momento;
E você não percebeu.
Então seu peito infla;
A agonia cessa;
Você conecta-se com a razão.
Fazemos milhares de vezes durante o dia;
Uma escolha constante;
Entre acordar ou continuar dormindo;
Entre encontrar-se ou continuar perdido;
Somente enxergando o que está à nossa frente.
Quando em um momento, por um ato falho;
Escolhido pelo acaso;
Alguém faz esta escolha por você;
Sem aviso;
As paredes que limitam a nossa visão;
Desabam em cadeia;
Tais dominós, em brincadeira de criança.
Levando consigo as nossas vestes;
Compradas prontas; coloridas pelo tempo;
Que foi passando despercebido;
Em sua caminhada, contínua.
Então as tonalidades do mundo mudam;
Lembranças deixam de ser fotos;
E passam a pulsar;
Bombeando a alma adormecida;
Fazendo-a despertar;
De um sono induzido.
Levando-nos a quebrar a noção básica;
E ocuparmos duplamente;
Um só lugar no espaço.
Duas vidas em uma só;
Como é possível?
Como se reeduca? Molda? Reintegra?
Como ensinar,
Se ainda não se pode aprender?
...continua...
Março 2008
Isa
Até onde andar, sem perder os pés para o chão?
Até onde ver, sem perder os olhos para o “quadro”?
Até onde sentir, sem perder a cabeça para a rotatória?
Até onde ir para se encontrar?
Pensamentos voam;
Identidades se reprimem;
Escondem-se e perdem – se.
Como o ato de respirar:
Você respira o tempo inteiro;
Mas não percebe;
Envolvido pelo que seus olhos;
Permitem-lhe enxergar.
Quando o ar lhe falta;
Você descobre;
Que ele esteve ali, até aquele momento;
E você não percebeu.
Então seu peito infla;
A agonia cessa;
Você conecta-se com a razão.
Fazemos milhares de vezes durante o dia;
Uma escolha constante;
Entre acordar ou continuar dormindo;
Entre encontrar-se ou continuar perdido;
Somente enxergando o que está à nossa frente.
Quando em um momento, por um ato falho;
Escolhido pelo acaso;
Alguém faz esta escolha por você;
Sem aviso;
As paredes que limitam a nossa visão;
Desabam em cadeia;
Tais dominós, em brincadeira de criança.
Levando consigo as nossas vestes;
Compradas prontas; coloridas pelo tempo;
Que foi passando despercebido;
Em sua caminhada, contínua.
Então as tonalidades do mundo mudam;
Lembranças deixam de ser fotos;
E passam a pulsar;
Bombeando a alma adormecida;
Fazendo-a despertar;
De um sono induzido.
Levando-nos a quebrar a noção básica;
E ocuparmos duplamente;
Um só lugar no espaço.
Duas vidas em uma só;
Como é possível?
Como se reeduca? Molda? Reintegra?
Como ensinar,
Se ainda não se pode aprender?
...continua...
Março 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
EU, por Eu.
Neste momento me encontro, me enxergo com olhos de lince;
A vista alcança bem mais do que as palavras podem descrever;
Será que possuo algum pedaço vivo?
Será que existe algum espaço habitado em mim?
Continuarei a me desintegrar dia após dia?
Por onde anda, onde se encontra a guia?
Quando aparecerá o fio que me conduz?
Devo olhar outra vez? Será que não enxerguei?
Não sei se poderei retornar, e se for, para onde me dirijo?
Todos os meus lados estão obscuros para mim;
Todos vértices de um triângulo, que em mim, possui quatro lados;
Neste momento que me encontro;
Será que me reencontrei?
Como encontrar algo que nunca foi perdido?
Como achar algo que nunca foi achado?
Será que me perdi?
Neste momento me encontro;
Olhos turvos, coração magoado;
E tudo desce, vai ao chão de uma só vez;
Que chão?
Onde ando?! Onde permaneço?! Onde estou?!
Ou por onde escorro, lentamente;
Para não entupir?
Me recolho;
Neste momento me encontro.
Março 2008
Neste momento me encontro, me enxergo com olhos de lince;
A vista alcança bem mais do que as palavras podem descrever;
Será que possuo algum pedaço vivo?
Será que existe algum espaço habitado em mim?
Continuarei a me desintegrar dia após dia?
Por onde anda, onde se encontra a guia?
Quando aparecerá o fio que me conduz?
Devo olhar outra vez? Será que não enxerguei?
Não sei se poderei retornar, e se for, para onde me dirijo?
Todos os meus lados estão obscuros para mim;
Todos vértices de um triângulo, que em mim, possui quatro lados;
Neste momento que me encontro;
Será que me reencontrei?
Como encontrar algo que nunca foi perdido?
Como achar algo que nunca foi achado?
Será que me perdi?
Neste momento me encontro;
Olhos turvos, coração magoado;
E tudo desce, vai ao chão de uma só vez;
Que chão?
Onde ando?! Onde permaneço?! Onde estou?!
Ou por onde escorro, lentamente;
Para não entupir?
Me recolho;
Neste momento me encontro.
Março 2008
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